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Executivos que sabem tudo sobre o custo e quase nada sobre o valor

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Renascimento nos negócios

Pelo facto de vivermos tanto tempo dentro da mesma caixa, quando pretendemos resolver um problema ou apresentar algo de novo e surpreendente, verificamos que estamos habituados a pensar sem ter confiança em opiniões divergentes, principalmente as que surgem fora da caixa.

Mas nós podemos combinar as duas formas, dentro e fora da caixa e construir uma nova, sem caixa ou com um sistema de vasos comunicantes que assegurem os fluxos de ideias e proporcionam as colisões das ideias internas e externas.

Esta nova forma de pensar, faz transparecer a comunicação, aumenta a confiança e põe em relevo atributos e pontos de interesse comuns, como a compreensão, que permitem uma visão global do problema.

As organizações que pensam em inovação e verificam que dentro das suas paredes não existe capacidade de resposta aos desafios que lhes são colocados, não têm outra saída, para sobreviver, senão procurar no exterior a inspiração para o seu novo modelo de negócio.

Essa procura contudo vai implicar um esforço suplementar de compreensão do problema e das suas formas de resolução e vai requerer a construção de um novo modelo mental, o que muitas vezes obriga ao abandono de algumas velhas crenças, alguns pressupostos ou implica mesmo desaprender.

Um modelo mental é uma representação de uma situação que envolve a nossa visão dessa situação e emoldura o nosso pensamento, perceção e ação. É um conjunto de crenças sobre uma determinada situação.

Por exemplo, a expressão “negócio é uma arte” representa um modelo mental que implica que as atividades do negócio se movem como uma inspiração para trabalho criativo e não como uma preparação para uma competição muitas vezes sem regras ou ética.

Hoje as empresas são chamadas para um novo desafio que se traduz em pensar a inovação todos os dias e transformar esse pensamento num novo modelo de negócio.

Gary Hamel diz que, para atingir esse nível de inovação contínua são precisos novos processos de inovação, uma maior capacidade de adaptação, a infusão de paixão no local de trabalho e um novo sistema de crença ou ideologia.

Nós temos que viajar dos tempos em que questionar as hierarquias era mau e os custos eram a tónica dominante (modelo de negócios tradicional), para os tempos em que questionar é uma necessidade fundamental para desenvolver pensamento crítico de forma a impregnar significado na criação de valor através de um trabalho colaborativo.

Desta forma as pessoas alcançam a simplicidade, a durabilidade e a sustentabilidade de um estado de espírito de inovação, e reforçam-se a si próprias continuamente!

Apesar de todos os apelos lançados no mundo da gestão, um novo estado de espírito e encontrar aquilo que de facto importa pode levar o seu tempo porque os gestores acomodaram-se aos velhos pressupostos analíticos de gestão e entendem que a criatividade é apenas para decorar os gabinetes.

Então o que importa agora?

Valores:

À medida que a confiança diminuiu, cresceu a carga regulamentar que pesa sobre negócios. A inversão destas tendências exigirá nada menos do que um renascimento moral no negócio.

Inovação:

Estratégias e produtos bem-sucedidos rapidamente são copiados. Sem inovação incessante, sucesso é fugaz. …Não há uma empresa em cem que faça inovação em todos os trabalhos, todos os dias. Na maioria das organizações, a inovação ainda acontece “apesar do sistema” e não por causa do mesmo…A inovação é a única estratégia sustentável para a criação de valor a longo prazo.

Adaptabilidade:

O problema é, mudança profunda é quase sempre orientada por crise; é tardio, traumáticas e caro. Na maioria das organizações, existem muitas coisas que perpetuam o passado e muito poucos que incentivar a mudança proactiva. O “partido do passado” é geralmente mais poderoso que o “partido do futuro.” Num mundo onde os líderes da indústria se podem tornar retardatários durante a noite, a única maneira de sustentar o sucesso é reinventá-lo.

Paixão:

O local de trabalho médio é um assassino de zumbido. Regras mesquinhas, metas pedestres e estruturas piramidais drenam a vitalidade emocional fora do trabalho. Talvez isso não importa na economia do conhecimento, mas é extremamente importante na economia criativa. O problema não é a falta de competência, mas uma falta de ardor.

Ideologia:

Qualquer que seja a retórica em contrário, o controle é a principal preocupação da maioria dos gestores e da gestão.

O que cria valor hoje é o produto inesperadamente brilhante, a campanha mediática maravilhosamente estranha e a experiência do cliente inteiramente nova.”

Esta verdadeira reinvenção da nossa forma de estar face aos negócios e aos modelos que poderemos criar tem alguns já lugares para reflexão.

Parece não haver dúvida que algumas empresas, (Ex: Apple – uma em cem) perceberam que a inovação em produtos, serviços e modelos de negócios é a única estratégia para criar valor a longo prazo.

Algumas empresas também descobriram que há coisas pequenas que conspiram juntas para fazer um produto verdadeiramente excecional, isto é, produtos que funcionam de forma intuitiva, confiável e sem segredos.

O que pensa disto?

 


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